O Simted Corumbá reforça sua posição com relação à campanha salarial do Magistério e condições de trabalho e, mais uma vez, deixa claro que o Abono concedido pelo Executivo municipal não é reajuste e não vai interferir na nossa proposta de reajuste salarial definitivo e digno. Não se trata de uma luta voltada unicamente visando o reajuste salarial, pois nossa política sindical visa elevar a pauta que engloba condições de trabalho e gestão democrática na Educação Pública.
Já
realizamos o 1º Seminário Simted, o 1º Encontro de Trabalhadores da Educação
Pública, a Roda de Conversa de Mulheres em Luta; criamos uma comissão de
estudos para o PCCR do Magistério como forma de também valorizar professoras e
professores em começo de carreira; lançamos o jornal sindical; apoiamos e
acompanhamos a proposta de criação da Escola de Ensino Médio Família Agrícola e
Agroecológica do Pantanal nos assentamentos de Corumbá; estamos implantando o
PCCR dos Administrativos.
Para
este segundo semestre temos uma série de propostas de luta pela valorização das
trabalhadoras e trabalhadores em Educação, com realização de mais um Seminário
em que apresentaremos propostas de âmbito pedagógico com a finalidade de
discutir filosofias educacionais. Lutamos pela gestão democrática, que não trata
apenas de eleição direta para gestores, mas principalmente da construção de
projetos educacionais e participação das comunidades escolares, de forma
deliberativa, na gestão dos recursos das escolas.
A
categoria deve se manter mobilizada porque nesta segunda quinzena de Setembro está
marcada nova rodada de negociação entre a direção do Simted e o Executivo em
que trataremos o reajuste salarial, para a qual estamos irredutíveis em
obtermos um percentual de recomposição de nossas perdas não inferior a 14,7%.
Para
tanto, conforme deliberado em Assembleia, estamos em indicativo de Greve e
tomaremos medidas rigorosas se for mantida por parte do Executivo municipal a
política de desvalorização e esvaziamento do Magistério e de busca de
paliativos por meio de um Abono que nada representa em termos de valorização
para a categoria.
O
propagado Abono de 4,18% concedido pela Prefeitura nada mais é do que um
subterfúgio para encobrir a má gestão de recursos públicos, já que foi
concedido no lugar de um reajuste salarial por conta de problemas internos com
a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Em nota
divulgada no Diário Oficial deste 11 de Julho, o Executivo faz alterações na
Lei Complementar enfatizando que ``cargos de provimento de comissão e
contratados por prazo determinado´´ não terão direito ao Abono. O Abono também
não será computado, segundo a nota do Executivo, para efeito de ``cálculo de
gratificações adicionais, abono de férias, gratificação natalina ou quaisquer
outros acréscimos pecuniários´´.
Fica
claro, portanto, que o Abono nada acrescenta para a valorização salarial do
Magistério e foi usado apenas como uma escapatória do Executivo para compensar
sua incapacidade de conceder um reajuste digno e definitivo para a categoria,
que continua sendo penalizada.
O Simted
deixa claro que melhorias salarias são importantes, mas não bastam: precisamos
impedir o avanço do sucateamento e a falta de condições de trabalho em unidades
escolares municipais e estaduais. A rede estadual de MS, por exemplo, possui os
melhores salários do país, mas constatamos uma precarização na estrutura de
suas escolas, autoritarismo, projetos impostos de cima para baixo e falta de
amparo e material pedagógico, o que caracteriza que a gestão democrática da
educação não perpassa somente pela eleição dos diretores escolares.
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