quinta-feira, 23 de junho de 2022

Município passa gradativamente ao Estado ensino do sexto ao nono ano

Direção do Simted Corumbá é recebida na Semed

O Município não vai acabar bruscamente com as salas de aula do sexto ao nono ano do Ensino Fundamental II. Na verdade, caberá à Educação do Estado se responsabilizar pelo sexto ao nono ano, enquanto a Educação do Município vai responder pelo ensino nas creches, e do primeiro ao quinto ano do Ensino Fundamental. E essa mudança será feita gradativamente.

Quanto aos professores, ninguém será dispensado, nem sofrerá perdas salariais, de acordo com a secretária adjunta de Educação do Município, Maria do Carmo Provenzano de Arruda Brum. “Os professores continuarão vinculados financeiramente ao Município, haverá apenas uma cedência do profissional para o Estado, haverá uma mudança do local de trabalho”, esclareceu a secretária adjunta.

Esse e outros pontos importantíssimos para alunos, pais e professores foram discutidos e esclarecidos nesta quinta, 23 de junho, pela direção do Simted Corumbá, recebida pela secretária adjunta na sede da Secretaria Municipal de Educação (Semed) na rua América.

Dessa forma, o Simted busca acabar com os rumores de que muitos trabalhadores da Educação municipal ficariam sem emprego com as mudanças que já começaram nas salas de aula do nono ano e terão continuidade durante 2023, gradativamente.

Agora a direção do Simted vai procurar o Coordenadoria Regional de Educação (CRE-3) para buscar uma posição do Estado com relação às mudanças. “O Estado precisa se readequar para suportar essa nova demanda sobre o Ensino do sexto ao nono ano do Fundamental II, porque existe um sucateamento nas escolas do Estado”, alertou o presidente do Simted Corumbá, Gabriel Omar da Matta Postigliatti.

“Infelizmente haverá transtornos no deslocamento dos alunos, que já estão familiarizados desde a educação infantil com suas escolas municipais. E aí entra outra questão: o transporte escolar que precisa ser oferecido para esses alunos que terão de mudar de escolas”, acrescentou o dirigente sindical.

Já era previsto por Lei esse regime de colaboração entre Município e Estado. Faz parte das diretrizes do Plano Nacional de Educação. Ocorre que durante a pandemia, segundo a secretária adjunta de Educação, o Estado acabou com todas as salas de Fundamental I sem consultar o Município, e sem implementar nada. Então o Ministério Público entrou com uma ação bloqueando os recursos tanto do Estado como do Município. O MP pedia um consenso de atendimento de forma compartilhada e ordenada.

É o que o Município tenta fazer agora em reuniões com a Educação do Estado. “O Município tem tudo mais próximo e a comunidade bate o pé pela qualidade do Ensino. Para nós é muito mais difícil fechar uma sala de aula, começamos aos poucos, fechando o nono ano, depois os oitavos. Só que agora o MP está cobrando da gente um atendimento maior na Educação Infantil”, afirmou a secretária adjunta “A responsabilidade tem de ser compartilhada”, acrescentou. A Semed informou ainda que continuará atendendo as escolas do campo do Fundamental II.

Simted Corumbá/Assessoria de Imprensa

 

 

 

 

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