Direção do Simted Corumbá é recebida na Semed |
O Município não vai acabar bruscamente com as salas de aula do sexto ao nono ano do Ensino Fundamental II. Na verdade, caberá à Educação do Estado se responsabilizar pelo sexto ao nono ano, enquanto a Educação do Município vai responder pelo ensino nas creches, e do primeiro ao quinto ano do Ensino Fundamental. E essa mudança será feita gradativamente.
Quanto aos professores, ninguém será dispensado, nem sofrerá
perdas salariais, de acordo com a secretária adjunta de Educação do Município,
Maria do Carmo Provenzano de Arruda Brum. “Os professores continuarão vinculados financeiramente ao Município,
haverá apenas uma cedência do profissional para o Estado, haverá uma mudança do
local de trabalho”, esclareceu a secretária adjunta.
Esse e outros pontos importantíssimos para alunos, pais e
professores foram discutidos e esclarecidos nesta quinta, 23 de junho, pela
direção do Simted Corumbá, recebida pela secretária adjunta na sede da Secretaria Municipal
de Educação (Semed) na rua América.
Dessa forma, o Simted busca acabar com os rumores de que
muitos trabalhadores da Educação municipal ficariam sem emprego com as mudanças
que já começaram nas salas de aula do nono ano e terão continuidade durante
2023, gradativamente.
Agora a direção do Simted vai procurar o Coordenadoria Regional de
Educação (CRE-3) para buscar uma posição do Estado com relação às mudanças. “O
Estado precisa se readequar para suportar essa nova demanda sobre o Ensino do
sexto ao nono ano do Fundamental II, porque existe um sucateamento nas escolas
do Estado”, alertou o presidente do Simted Corumbá, Gabriel Omar da Matta
Postigliatti.
“Infelizmente haverá transtornos no deslocamento dos alunos,
que já estão familiarizados desde a educação infantil com suas escolas
municipais. E aí entra outra questão: o transporte escolar que precisa ser
oferecido para esses alunos que terão de mudar de escolas”, acrescentou o
dirigente sindical.
Já era previsto por Lei esse regime de colaboração entre
Município e Estado. Faz parte das diretrizes do Plano Nacional de Educação. Ocorre
que durante a pandemia, segundo a secretária adjunta de Educação, o
Estado acabou com todas as salas de Fundamental I sem consultar o Município, e sem
implementar nada. Então o Ministério Público entrou com uma ação bloqueando os
recursos tanto do Estado como do Município. O MP pedia um consenso de atendimento
de forma compartilhada e ordenada.
É o que o Município tenta fazer agora em reuniões com a
Educação do Estado. “O Município tem tudo mais próximo e a comunidade bate o pé pela qualidade do Ensino. Para nós é muito mais difícil fechar uma sala de
aula, começamos aos poucos, fechando o nono ano, depois os oitavos. Só que
agora o MP está cobrando da gente um atendimento maior na Educação Infantil”,
afirmou a secretária adjunta “A responsabilidade tem de ser compartilhada”, acrescentou.
A Semed informou ainda que continuará atendendo as escolas do campo do
Fundamental II.
Simted Corumbá/Assessoria de Imprensa
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